Xadrez na terceira idade
Desde agosto de 2015, aulas de xadrez garantem benefícios a associados a partir dos 60 anos. Atualmente, a turma é composta por 16 participantes, entre novatos e experientes. Os alunos, além dos aprendizados no tabuleiro, celebram a interação social proporcionada pelos encontros semanais, às quartas-feiras.
Campeã nacional pelo Paulistano, Cristiana Fiusa Carneiro elaborou o curso e comanda as atividades. “O objetivo é que eles se sintam bem, que desenvolvam os aspectos que o xadrez pode estimular nessa idade maravilhosa, a idade da sabedoria”, resume a professora.
As aulas trabalham a dimensão intelectual, com estímulos constantes à mente, principalmente às funções executivas do córtex pré-frontal, área relacionada à tomada de decisões, resolução de problemas e organização. A memória, tanto recente quanto de longo prazo, também é impulsionada, com constantes lembranças das jogadas previamente ensaiadas e na gestão do plano traçado para a partida em andamento, sempre com adaptações, de acordo com os movimentos do adversário.
Por natureza, o xadrez é um jogo relacional, e a área da sociabilização é vista com prioridade no curso. Os integrantes construíram forte vínculo e, como tradição, almoçam juntos após as aulas, em momentos de trocas e partilhas. “Para mim, mais do que responsabilidade, é um presente. Me sinto muito honrada de poder dar aula para esse grupo”, afirma a professora. “Eles têm tanta experiência nas respectivas áreas de conhecimento, são pessoas brilhantes. Poder conviver com eles e dividir um pouquinho da minha paixão pelo xadrez é um presente”, completa.
Interessados em ingressar às aulas podem procurar diretamente a professora Cristiana Carneiro, na sala de bilhar, às terças e quartas, entre 10h30 e 12h.
Hans Freudenthal
“Abriu-se uma nova alameda na minha vida. Percebo melhora no raciocínio e tenho a convivência com o grupo, com novas e profundas amizades. A turma é muito unida, muitas vezes almoçamos juntos e voltamos a jogar. Completou muito a minha vivência, mais enriquecida. A quarta-feira tornou-se o dia mais importante da semana.”
Maria Fernanda Mendes Pereira
“O xadrez ocupa a cabeça, paramos para pensar, esquecemos as outras coisas. A turma é ótima, com muito respeito entre as pessoas. Aprendemos, comemos juntos, marcamos encontros para estudar xadrez. Temos um propósito para nos reunirmos, algo gostoso, que trabalha o raciocínio.”
Gabriel Fernando Cox Vilela
“O xadrez é muito importante para mim. Comecei tarde, no Paulistano, com quase 80 anos e se tornou fundamental, tanto pelo ponto de vista intelectual quanto pelo companheirismo, das amizades. Tive evolução no raciocínio, com capacidade maior para desenvolver a inteligência.”
Luiz Eduardo Carvalho Junqueira Machado
“O xadrez, até pouco tempo, nunca havia feito parte da minha vida. Comecei a aprender no Clube, com pessoas com quem me identifico muito. São relações duradoras, com amigos que têm o mesmo propósito. O xadrez também conseguiu fazer com que eu pensasse mais metodicamente, com raciocínios mais profundos. Seria tão bom se todas as crianças aprendessem logo cedo.”