Tetra do Paulistão no futebol é feito histórico do Paulistano
Campeão em 1916, 1917, 1918 e 1919 do Campeonato Paulista de futebol. Passados mais de 100 anos, o Paulistano é o único tetra (quatro conquistas consecutivas) da história, em marca não atingida por nenhum outro clube até março/2025.
do Paulistano. Foto: Fábio Figueiredo
Estes títulos foram pela Associação Paulista de Sports Athleticos (APSA), entidade organizadora da época. Todos à frente de times hoje considerados grandes (a exceção é o São Paulo, que só foi fundado em 1930).
Em quatro edições da competição, a equipe alvirrubra demonstrou um forte ataque – marcou 211 gols em 62 jogos (média de 3,4 gols por jogo) – e uma defesa consistente e quase insuperável – 67 gols sofridos, média de 1,08 por partida. Por três vezes foi o melhor ataque (1916, 18 e 19) e melhor defesa (1916, 17 e 18), sendo ambos em duas (1916 e 18).
Taça Jockey Club garantida
Em 1916, foram 12 jogos, com 9 vitórias, um empate e duas derrotas – ou seja, 75% de aproveitamento –, com 40 gols marcados e 17 sofridos (o melhor nos dois quesitos). Disputa até o final com o São Bento, da capital, marcada por vitória decisiva com goleada por 9 a 0 [devido a uma briga dentro do time adversário]. Mariano, do Clube, com 8 gols, foi o goleador. Os jogos do time branco e vermelho foram na Chácara da Floresta, pois o Velódromo já havia sido fechado.
No ano seguinte, 1917, estreia no Jardim América, com mais partidas disputadas devido à unificação com a LPF (Liga Paulista de Foot-Ball): 16 jogos, com 12 vitórias, três empates e somente uma derrota – esta para o vice Palestra Itália, por 1 a 0. O time fez 41 gols e sofreu outros 17 (melhor do campeonato). Fechou mais uma vez com 75% de aproveitamento positivo. Garantiu, assim, a posse definitiva da taça Jockey Club por ser a terceira vez (a anterior havia sido em 1913 – leia mais clicando aqui).
Taça Cidade de São Paulo
Ano novo, taça nova. Em 1918, entrou em disputa a Taça Cidade de São Paulo. No campeonato, o Paulistano fez 16 jogos, 13 vitórias e três derrotas, com 81,25% de aproveitamento. Fez 68 gols e sofreu 14 (foi o melhor nos dois itens) e registrou resultados incontestáveis, como 11 a 0 no Minas Gerais, 7 a 0 no Mackenzie e 7 a 1 no Ypiranga. O 2.º lugar na classificação foi do Corinthians. Friedenreich, pelo Clube, foi o artilheiro, com 25 gols.
Na temporada seguinte, 1919, mais jogos na tabela, pois a competição teve novos participantes. Agora foram 18 partidas, com 14 vitórias, dois empates e duas derrotas, e 77,7% de aproveitamento. O time alvirrubro fez 62 gols (melhor ataque), e sofreu apenas 19. Chegou a vencer a (extinta) AA Palmeiras por 7 a 0 duas vezes, ao longo do ano. E, empatou e venceu o Palestra Itália, que ficou com a 2.ª posição. Mario Andrada, do CAP, foi o goleador com 22 (para ver mais sobre as conquistas desta taça, clique aqui).
Ao todo, na história, o Paulistano foi campeão estadual 11 vezes – as taças do Paulistão que o Clube detém a posse podem ser conhecidas clicando aqui. Foi, também, o primeiro a vencer uma disputa nacional, em 1920 (organizada pela CBD), e o precursor do futebol brasileiro na Europa, excursionando por França, Suíça e Portugal em 1925 (conheça mais clicando aqui).
