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Fotografia e arquitetura são focos para associada do Paulistano

Em uma frase, Carolina Lacaz sintetiza seu cotidiano profissional, sua vocação. “Fotografar é procurar novos ângulos e visões de mundo”, resume. “Meu sonho é continuar fazendo o que faço, mas não na mesmice. Conseguir sempre renovar o olhar, pesquisando sobre arte. Hoje, chego feliz aos ensaios e quero continuar com este sentimento de leveza.” 

Carolina Lacaz produziu seu primeiro ensaio fotográfico do Clube. Foto: Fábio Figueiredo

Bacharel em Fotografia, a associada também carrega a formação de arquiteta no currículo, fato que não apenas a levou à especialização neste nicho, como contribui para escolhas corretas na execução de seus cliques. Em julho de 2022, o conceituado portal ArchDaily apontou Lacaz como uma das 15 fotógrafas de arquitetura brasileiras que se destacam no país e no mundo. “Como grupo, as mulheres vão se sustentando e crescendo no ambiente da fotografia”, celebra. 

O reconhecimento é o mais recente em uma carreira em ascensão. Outro feito marcante foi alcançado em 2017, quando estava no Paulistano e recebeu telefonema no qual ouviu que era finalista do Prêmio Nacional de Fotografia Sesc Marc Ferrez. “O concurso era muito grande, mais de 10 mil inscrições. Um evento na minha vida, fiquei em segundo lugar, uma felicidade, não imaginava”, recorda. 

O CAP teve envolvimento em mais um relevante capítulo da trajetória de Lacaz ao proporcionar sua primeira exposição individual, em 2016. Agora, convidada pela Revista, produz seu primeiro ensaio no Paulistano. “Foi uma proposta bem interessante, nunca tinha fotografado o Clube, nem com o celular. Não costumo fazer fotos com o celular, mesmo achando algum ângulo interessante. Guardo na memória para fazer com a câmera.” 

Todos os detalhes da quadra de tênis no topo do Edifício Paulistano 120. Foto: Carolina Lacaz

Trajetória 

Os primeiros passos na fotografia foram dados pela associada aos 10 anos, quando pediu aos pais uma câmera de presente. Desde então, seus dias incluem constantes explorações por ângulos interessantes. Aos 15, inscreveu-se no primeiro curso para aprender os conceitos básicos e, três anos depois, optou por manter sua evolução, agora na faculdade. Decidia, assim, que a fotografia não seria só um lazer. “Não era uma questão óbvia, e sim de aceitação, sair das profissões mais tradicionais e poder fazer o que gosto, conseguir me desenvolver para isso. Fazer a faculdade de fotografia me deu argumento que posso seguir com confiança”, pondera. 

Na sequência, o ingresso no curso universitário de Arquitetura tornou-se determinante para sua especialização. Registros de espaços e suas estruturas não estavam entre as principais opções de Lacaz, mas aulas focadas em fotografia de arquitetura abriram caminho para novo horizonte. “A fotografia está cada vez mais valorizada, exigida por outros profissionais. Ligá-la com a Arquitetura foi o caminho mais rico que poderia seguir.”