Boletim das Obras Evolução
Atualização 28/5.
O Paulistano vive o primeiro ano de realização das obras propostas por seu Plano Diretor. É o momento de os sócios se inteirarem sobre o que está mudando e o futuro do Clube
A origem
A motivação inicial para a elaboração do Plano Diretor do
Paulistano é possibilitar ampla reforma do Ginásio Antônio
Prado Júnior, que, revitalizado, teria novamente as principais
características do premiado desenho original. A Diretoria
compreende que a recuperação do ginásio, ícone da arquitetura
de autoria de Paulo Mendes da Rocha e João Eduardo De
Gennaro, somaria não apenas ao patrimônio do CAP, mas
também ao da cidade de São Paulo.
Um legado que está sendo construído com consultoria do próprio Mendes da Rocha, vencedor dos mais importantes prêmios internacionais. Uma premissa fundamental para a restauração do ginásio é a remoção das salas construídas em sua marquise. O deslocamento desses departamentos a outros locais do CAP originou uma série de mudanças.
O Plano Diretor tem a missão de direcionar a evolução patrimonial do Clube. Propõe intervenções definitivas, diminuindo obras corretivas. Atende às necessidades atuais e antecipa as futuras. Representantes dos diversos setores do Paulistano relataram demandas. Pesquisa também foi conduzida, com participação de dezenas de sócios. Baseados nessas informações e nas necessidades gerais do Clube, arquitetos especialistas contratados, em parceria com a Diretoria do Patrimônio, desenvolveram o Plano Diretor.
As obras propostas, entretanto, são realizadas em etapas, em ritmo que não cause transtornos desnecessários e que respeite a capacidade financeira do Clube. As intervenções, obrigatoriamente, devem constar da proposta orçamentária, que, a cada ano, é apreciada pelo Conselho Deliberativo. Para 2018, aprovou-se, por unanimidade, a transferência da Academia para o quinto andar do Prédio Novo, a instalação de novos elevadores no mesmo edifício e a construção de vestiários e saunas em área subterrânea ao lado da Cafeteria.
Academia, maior e melhor
Além da transformação de sua área externa,
o Ginásio Antônio Prado Júnior passaria por
remanejamento total de suas dependências
internas, com a centralização de modalidades
esportivas do Clube. O projeto indica a
permanência apenas da quadra principal, suas
arquibancadas e piscina coberta.
A Academia será a primeira a sair e funcionará, no início de 2019, no quinto andar do Prédio Novo. Esse é um dos locais mais frequentados do Clube. Quando foi instalada no espaço atual, entretanto, as tendências eram outras. Desde então, o Paulistano se adapta como pode para ampliar a sala e receber número crescente de associados.
A transferência para o Prédio Novo garantirá ao espaço novas possibilidades. Se hoje os sócios contam com 615 m², ou 870 m² quando o espaço para atletas está liberado, no novo local poderão se exercitar em aproximadamente 1.400 m², com direito a raras vistas panorâmicas do bairro.
Além da área consideravelmente maior, haverá um planejamento arquitetônico impossível até hoje. Quando a Academia for inaugurada, a circulação pelo Prédio Novo terá aumento significativo. Por isso, dois elevadores, cada um com capacidade para 13 pessoas, serão somados aos atuais. As fundações do poço estão em fase de conclusão. Já os pavimentos passam pelas obras que permitem a instalação.
Espaços provisórios
O primeiro espaço provisório entregue foi a esgrima, ao
lado do campo de futebol society. Na marquise do Ginásio
Antônio Prado Júnior, a sala do curso de aerobike será
utilizada ainda este mês. Na mesma marquise, na sequência,
serão construídos espaços provisórios para as ginásticas
artística e aeróbica.
As quatro modalidades ocupam atualmente o quinto andar
do Prédio Novo, pavimento em que a nova Academia
funcionará a partir de 2019. Futuramente, estarão em áreas
internas do ginásio.
Controle de gastos
Três obras estão presentes
na proposta orçamentária
aprovada para 2018.
Academia, que ainda não foi
iniciada, novos elevadores
e área subterrânea ao lado
da Cafeteria. “Se tudo fosse
feito por terceiros, os serviços
poderiam custar até o triplo.
Por isso, fazemos o máximo
que conseguimos com nossa
equipe e só contratamos
serviços especializados, que
necessitam de equipamentos,
ou de volume muito grande”,
explica Gil Bacos, diretor
do Patrimônio.
Dos R$ 7 milhões aprovados
para as obras da área
subterrânea para este ano,
o CAP havia gasto, até o
fechamento desta edição, 4%,
com 3,4% de materiais e mão
de obra terceirizada e 0,6%
de materiais e funcionários
do Clube. A verba aprovada
para os elevadores é de R$ 750
mil. Até o fechamento deste
número, o Clube tinha utilizado
17%, 13% com terceiros e 4%
com mão de obra própria.
Processos licitatórios
O Paulistano busca organizar
processos licitatórios eficientes
e transparentes. Até aqui, foi
contratada uma empresa, que
executa parede de diafragma,
tirantes, estaca barrete,
escavação e remoção de terra da
obra subterrânea e a estaca raiz
dos elevadores.
Onze empresas do setor
foram acionadas e entregaram
propostas em envelopes
fechados. Os envelopes foram
abertos em reunião com a
participação de Sylvio Antunes,
vice-presidente da Diretoria,
Celso Bueno Doria, presidente do
Conselho Fiscal, Gil Bacos, diretor
do Patrimônio, Jorge Weiser,
diretor de Suprimentos, e Marcos
Taunay Berrettini, assessor
do Patrimônio.
Após análise, verificou-se que
apenas três empresas atendiam
todas as exigências do CAP. No
início do ano, as concorrentes
foram chamadas para trabalho de
homogeneização das propostas.
Na etapa seguinte, o Paulistano
optou pela vencedora, escolhida
pela qualificação e pelo preço.
Recuperação do
Prédio Novo
Trincas acentuadas
foram verificadas nos
pilares externos do
Prédio Novo, em frente
à piscina olímpica. Sem
tratamento adequado,
a ação direta do cloro
utilizado na água pode
causar comprometimento
do material. Assim,
o Paulistano realizou
inspeção do local,
com participação de
engenheiro responsável
pela avaliação estrutural
do edifício.
A medida seguinte, já
tomada, foi a contratação
de empresa especializada,
que acompanhará a
realização de ensaios para
avaliação das condições
do Prédio Novo. Nos
próximos meses, o
CAP receberá relatório,
que informará o que é
necessário para efetivo
trabalho de recuperação
da estrutura do edifício.