História da Arte: Viena no Crepúsculo do Império – Maio/2023
🗓️ 27 de maio e 3 de junho de 2023, sábados, 10h às 12h no Auditório do 4.º andar do Edifício Paulistano 120
🎫 Inscrição R$ 30 (associado, por palestra) e R$ 145 (convidado, por palestra)
📍 Vendas na Central de Atendimento
O professor Plínio Freire dá início a novo ciclo de palestras, agora com Viena como tema. Nas décadas anteriores à virada para o século XX, a cidade foi palco dos mais drásticos e inovadores movimentos intelectuais. Uma legião de vienenses visionários e demagogos alimentou os sonhos que constituem a base da nossa visão moderna de mundo. Na pintura, arquitetura, música, literatura, filosofia e política, intelectuais revolucionários como Freud, Schiele, Klimt e Schönberg escandalizaram seus contemporâneos e trincaram as principais fraturas culturais do século XX. Outro aprendiz da modernidade, Hitler, também iniciara ali sua trajetória de poder e destruição. O que levou Viena, de origem tão pacata e conservadora, a tirar seus cidadãos da zona de conforto e a expô-los ao turbilhão da história?
Aula 1: Império Austro-húngaro: o Último Suspiro do Antigo Regime
Em 1815, o Congresso de Viena põe fim ao drama imperial napoleônico. O mapa da Europa sofre transformações profundas e inaugura-se uma era de franco conservadorismo. Enquanto isso, no plano econômico, a industrialização impõe um ritmo jamais visto aos mercados e se debate contra os limites dos aparatos estatais. Esta contradição terá papel decisivo na angustiada trajetória política e cultural do Império Austro-Húngaro.
Aula 2: da Valsa Ao Frenesi
Áustria liberal em descompasso. Como numa orquestra sem regente, nem a burguesia, nem a aristocracia, nem o “pai protetor”, o rei, conseguem impor o próprio ritmo. A política e a cultura, desorientadas por este clima de paralisia e frustração, se abraçam em baile temerário. Enquanto isso, os protagonistas da vida prática e da vida artística buscam refúgio no inconsciente.
Aula 3: Sob o Martelo: a Modernidade Como Canteiro de Obra
A partir de 1860, Viena torna-se o bastião político, econômico e artístico da elite liberal emergente. Este impulso modernizante teve de se confrontar com uma cidade de aspecto quase medieval. O antigo anel defensivo, representado pelas muralhas, foi substituído pela Ringstrasse, uma ampla série de projetos monumentais para uso civil: a prefeitura, o teatro, a ópera, a universidade, o parlamento, os museus.
Aula 4: Femme Fatale na Cascata de Ouro: Klimt e a Invenção do Moderno
O ecletismo cultural da Ringstrasse engessou toda uma geração de artistas. Para eles, duas virtudes eram indispensáveis: de um lado, o conhecimento enciclopédico do passado; de outro, a completa obliteração do presente. Como Freud teria previsto, esta pulsão reprimida retornaria violentamente. A fratura se manifestou em 1897, por meio da reunião de pintores, escultores e arquitetos no grupo batizado de “Secessão”