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Esclarecimentos aos associados

Fomos surpreendidos na manhã de ontem, terça-feira, 2 de junho, ao lermos carta aberta, assinada por cinco conselheiros do Clube. Em momento que requer união de forças, não esperávamos tal atitude, em clara movimentação de grupo político do Paulistano, a um semestre de nossas eleições. Não entraremos em guerra de narrativas nem forneceremos munição a quem busca dividir e polarizar o CAP. A carta publicada é repleta de frases inconsistentes, que distorcem a realidade. Escrevemos aqui uma mensagem que objetiva esclarecer uma série de pontos, corrigindo evidente intenção de induzir associados a conclusões equivocadas.

A lisura é ponto fundamental na gestão do Paulistano. Na aba “transparência” do site oficial do Clube, aberto ao público, é possível acompanhar, no link “documentos institucionais”, informações como propostas orçamentárias, relatórios mensais da Diretoria, prestações de contas e pareceres de auditoria externa. O CAP também publica, em sua revista mensal, os números do balanço patrimonial e a relação de contratos firmados. Nos últimos meses, a Diretoria tem divulgado comunicados oficiais, nos quais são explicadas, de forma mais ágil e pontual, decisões e suas razões. Nesses canais de comunicação, por exemplo, informou-se que a Diretoria Financeira não cria um número “mágico”, mas trabalha em cima de análises e simulações antes de apontar um caminho a ser seguido.

Diferentemente de clubes que ofereceram descontos lineares na cobrança de suas contribuições sociais, o Paulistano optou por outro caminho. Disponibilizou, como opção, plano de parcelamento de boletos. Dessa forma, proporcionou auxílio àqueles mais prejudicados por crise financeira causada por desdobramentos da pandemia, sem deixar de proteger o patrimônio centenário do CAP. Em maio, pouco mais de mil associados preferiram parcelar a contribuição social, postergando o pagamento de 50% do valor devido.

Não consideramos corretas as comparações entre o Paulistano e outros clubes. Cada instituição possui características próprias, como número de sócios, arrecadação, valor em Caixa, proposta orçamentária e serviços oferecidos. Também é impossível prever a duração da crise atual e como benefícios cedidos hoje poderão afetar cada agremiação amanhã. Em sua carta na edição de junho da Revista do Clube, o presidente Paulo Movizzo afirmou, com precisão, que a Diretoria se solidariza com seus associados e compreende o sentimento de urgência daqueles que pedem por medidas mais drásticas, mas compreende que postura criteriosa e racional é mais benéfica a longo prazo. Seguimos atentos à evolução do cenário econômico e sanitário, abertos a modificar posições em resposta a novos acontecimentos ou mesmo ao prolongamento do quadro atual.

A Diretoria se esforça para cortar gastos, e praticamente todos os contratos com prestadores de serviços foram renegociados. No exemplo citado na carta divulgada, dos jogadores do time adulto de basquete, o Clube, sem calendário esportivo a cumprir com o fim do NBB, não renovou contratos. Outro caso listado de maneira irreal é o de festas em comemoração ao 120º aniversário do Paulistano. Como tratado em reunião do Conselho Deliberativo, realizada em 4 de março de 2020, o orçamento para tais celebrações, que não mais ocorrerão, já foi incorporado ao Caixa do Paulistano. Quanto aos funcionários, a Diretoria busca formas de evitar demissões, promovendo, com amparo de programas governamentais, reduções de jornada e salários.

Mesmo com economias significativas, como as citadas e as geradas pela ausência dos associados nas instalações, o cenário exige cautela. As únicas entradas relevantes atualmente são provenientes das contribuições sociais, que representavam, no orçamento original para 2020, somente 45% do que seria arrecadado. Apesar das readequações, diminuir ainda mais o faturamento pode significar que o Clube encerre o ano com saldo de Caixa no limite considerado seguro.

Em relação às obras propostas pelo Plano Diretor, repetimos que a paralisação neste momento seria prejudicial em múltiplas frentes. Seguem em andamento não apenas para honrar contratos firmados, mas também para evitar o encarecimento das intervenções por força de desmobilização e futura mobilização de equipamentos e pessoal. Fundamental destacar a necessidade das recuperações de colunas e pilares do Prédio Novo, recomendadas por laudo técnico entregue ao Clube em fevereiro de 2014 e não realizadas. Agora, são enfrentadas em caráter emergencial. Quanto à nova piscina olímpica, o investimento do Comitê Brasileiro de Clubes, disponibilizado ao Paulistano em janeiro deste ano, deve ser gasto, por imposição contratual, em período de 12 meses. Não há nenhuma contrapartida exigida, mas a Diretoria optou por aproveitar o momento e substituir todo o maquinário do sistema de tratamento da água por equipamento mais moderno, sustentável e compacto, evitando, assim, futura interdição da piscina. A resolução foi aprovada pelo Conselho Deliberativo em dezembro de 2019.

Por fim, reiteramos nosso desapontamento pela utilização de período tão delicado na história para uma tentativa de desestabilizar o Paulistano. Inclusive associando o presidente do Conselho a uma iniciativa, que, na verdade, apenas cumpria disposições legais. Com nula contribuição, a carta tem cinco signatários. Quatro deles sequer compareceram às últimas quatro reuniões ordinárias do Conselho Deliberativo, equivalentes ao período entre 2018 e 2019. Não presenciaram, por exemplo, a apresentação da proposta orçamentária para 2020 e a aprovação das contas da Diretoria.

Reafirmamos nossos esforços pela manutenção dos empregos dos funcionários e nosso compromisso com os sócios e a trajetória vitoriosa do Paulistano. Agradecemos ainda a confiança de todos aqueles que manifestaram apoio ao trabalho que conduzimos.

Após a reabertura do Clube, será marcada reunião do Conselho Deliberativo, na qual serão apresentados números e novo orçamento para o período.

A Diretoria

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