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Perfil - Paulo Russo (vôlei)

EM JOGOS OLÍMPICOS
1972 – Munique (Alemanha) – 🇧🇷 8.º lugar (como atleta)
1976 – Montreal (Canadá) – 🇧🇷 7.º lugar (como auxiliar-técnico)
1980 – Moscou (Rússia) – 🇧🇷 5.º lugar (treinador)

Filho de pais ucranianos, mas que residiam no Brasil desde pequenos, Paulo Sevciuc e o irmão, Nicolau, se mudaram para Odessa, na Ucrânia, quando tinham 10 e 7 anos, respectivamente. Por volta dos 12 anos, Paulo começou a se dedicar aos esportes – futebol, atletismo e natação.

O vôlei veio depois, quando um técnico o convenceu de que era um desperdício ele praticar outras modalidades por causa de sua boa impulsão e estrutura física. Aos 14, já jogava na seleção juvenil da cidade de Carcóvia e exercia papel de instrutor técnico na seleção Burevestnik. Em 1962, pouco antes de completar 19 anos, Paulo foi considerado o melhor jogador juvenil de vôlei da Ucrânia.

O prêmio foi uma viagem para Moscou para poder assistir ao Campeonato Mundial da modalidade, que aconteceria naquele ano. Foi nessa oportunidade que ele conheceu a seleção brasileira, da qual Carlos Arthur Nuzman, craque da época, fazia parte. Esse capítulo mudou a história da vida da família Sevciuc, que tinha interesse em deixar o país, então pertencente à antiga União Soviética. Com a ajuda dos jogadores brasileiros, Paulo conheceu Vasco Leitão da Cunha, recém nomeado embaixador brasileiro em Moscou. Depois de dois anos, a família conseguiu retornar ao Brasil.

No mesmo ano, Paulo Sevciuc ingressou no time do Palmeiras e na seleção brasileira. Não fosse a falta de documentação, teria participado da Olimpíada de Tóquio de 1964. Foi nessa época que ganhou o apelido de “Paulo Russo”.

Depois foi para o Santos, onde atuou como atleta – foi campeão brasileiro em 1967 e da América do Sul em 1968, junto com irmão, Nicolau -, e como assistente do professor Júlio Mazzei na preparação dos jogadores de futebol. Por ser funcionário do clube, não pode participar dos Jogos Olímpicos de 1968, no México, e dos Jogos Pan-Americanos de 1971, em Cali. Mas, participou da edição do Pan de 1967.

Os irmãos Paulo e Nicolau Sevciuc chegaram no Paulistano em 1972. Dois anos depois, Paulo já atuava como técnico das categorias juvenil e infantil do Clube. Esse foi o início de uma carreira incomum e extraordinária, tanto por exercer as funções de atleta e treinador simultaneamente, ao mesmo tempo que defendia a seleção brasileira, quanto pela expressiva quantidade de títulos conquistados pelo Paulistano e para o País.

Associado desde 1979, Paulo Russo participou de três edições dos Jogos Olímpicos. Nas duas primeiras, Munique em 1972 e Montreal em 1976, defendia o time branco e vermelho como jogador. Na terceira, Moscou em 1980, foi como treinador da categoria principal.

Conselheiro Vitalício e membro da Comissão Especial de Atletas desde 2016, já exerceu alguns cargos administrativos no clube. Dentre eles Assessor da Diretoria de Esportes (1992-94) e Coordenador de Marketing (1998-99).

Como atleta do Paulistano, ele foi bicampeão do Troféu Brasil; tetracampeão paulista; campeão metropolitano; hexacampeão estadual; tetracampeão sul-americano de Clubes Campeões (1973, 1976, 1978 e 1979); e vice-campeão sul-americano de Clubes Campeões (1977).

Já como treinador, Paulo foi bicampeão estadual adulto (1980); pentacampeão estadual juvenil (1980); e campeão sul-americano de Clubes Campeões adulto (1980). 

Como atleta da seleção brasileira, foi medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, em 1972.

Como treinador e assistente técnico da seleção brasileira, foi tricampeão sul-americano de vôlei (1975, 1977 e 1979); e duas vezes vice-campeão Pan-Americano (1975, como assistente técnico, e 1979 como técnico).

Vida acadêmica e profissional fora das quadras
Em 1971, formou-se na Faculdade de Educação Física de Santos e conquistou a medalha de ouro de melhor aluno de todas as modalidades esportivas.

Essa foi a segunda graduação de Paulo Sevciuc, uma vez que a primeira, realizada na Universitet Fisichetscovo Vospitania, de Carcóvia, não era reconhecida pelo MEC. Possui especialização em administração de empresas, marketing esportivo e locução. Trabalhou como comentarista na TV Bandeirantes, em transmissões ao lado de Luciano do Valle.

Em 2010, foi agraciado com a medalha de celebração do centenário da Escola de Educação Física da Polícia Militar e, em 2018, recebeu do CREF4/SP, a Comanda da Ordem de Educação Física.

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