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Perfil - Amaury Antonio Pasos (basquete)

EM JOGOS OLÍMPICOS
1956 – Melbourne (Austrália) – 🇧🇷 6.º lugar
1960 – Roma (Itália) – 🇧🇷 Medalha de bronze 🥉
1964 – Tóquio (Japão) – 🇧🇷 Medalha de bronze 🥉

Bicampeão mundial 🇧🇷 – 1959 (Chile) e 1963 (São Paulo) 🏆

Filho de pais argentinos, Amaury, que nasceu em São Paulo, mudou para a Argentina quando tinha 5 anos de idade. No país vizinho, completou seus estudos e ingressou na natação na ACM (Associação Cristã de Moços), chegando a ser vice-campeão de cadetes na prova dos 400 m nado livre. Algum tempo depois, passou a integrar a equipe juvenil de bola ao cesto do Club Náutico Buchardo.

Quando retornou ao Brasil, foi levado pelo pai ao Clube de Regatas Tietê, onde foi convidado para jogar na equipe juvenil de vôlei. Mas Amaury permanecia jogando basquete e, aos 18, foi chamado para integrar a seleção brasileira. Em 1954, conquistou o vice-campeonato mundial, realizado no Rio de Janeiro, e em 1956 teve sua primeira experiência olímpica, em Melbourne.

Já formado em Educação Física pela Universidade de São Paulo (USP), em 1957, o atleta mudou para o quadro do Clube Sírio Libanês.

Em 1959, a seleção brasileira conquistou seu primeiro título Mundial, no Chile. Amaury Pasos, além de campeão, recebeu o prêmio de MVP (most valuable player, em inglês), conferido ao atleta de melhor desempenho num torneio.

No ano seguinte, teve sua segunda e inesquecível experiência olímpica. Em Roma, ao lado de Wlamir Marques e Rosa Branca, dirigido por Kanela, venceu seis partidas das oito disputadas, perdendo apenas para Estados Unidos e União Soviética, as superpotências da época. Assim, conquistaram a medalha de bronze para o país na modalidade. Nesta edição, Amaury Pasos figurou na escolha dos cinco melhores jogadores de basquete dos Jogos Olímpicos, ao lado de quatro norte-americanos. Pela primeira vez, uma edição dos jogos foram transmitidos ao vivo em cadeia transnacional para 200 milhões de espectadores em 19 países da Europa, sendo exibidos em VT (videotape, ou gravação em horário posterior) nos EUA e no Japão.

Em 1963, Amaury volta a vencer um mundial, desta vez no Rio de Janeiro, atuando como pivô, consagrando-se o cestinha e mais uma vez o MVP do campeonato.

Um ano depois, sua terceira experiência olímpica. Em Tóquio, Amaury, Jathyr, Mosquito, Rosa Branca, Succar, Ubiratan, Victor, Wlamir, Fritz, Edson, Macarrão e José Simões, conquistaram a medalha de bronze para o basquete brasileiro. Venceram seis partidas em nove disputadas. Quatro anos mais tarde, em 1967, veio a conquista da medalha de bronze no Campeonato Mundial, no Uruguai.

Em 1968, o então ala mudou de clube mais uma vez. Juntou-se a Wlamir Marques, seu companheiro de seleção e amigo, no Corinthians. Quatro anos depois, encerrou sua carreira como atleta, mas continuou ligado ao esporte, já que, em 1982, estreou como treinador no Monte Líbano, de São Paulo.

Associado do Paulistano desde 1972, Amaury Pasos colecionou outros títulos importantes: tetracampeão sul-americano de basquete em 1958 (Chile), 1960 (Argentina), 1961 (Brasil) e 1963 (Peru);e medalha de bronze nos Jogos Pan Americanos de 1955 (México) e de prata em 1963 (São Paulo), quando foi o escolhido para ler o juramento do atleta no estádio do Pacaembu, palco da cerimônia de abertura do evento.

Durante comemoração de 75 anos da Federação Internacional de Basquetebol (FIBA), em 2007, a entidade inaugurou o Hall da Fama do esporte com a intenção de honrar jogadores, técnicos e administradores que contribuíram internacionalmente para a modalidade. No seleto grupo de 12 atletas, eleitos para abrir o espaço estava Amaury Pasos. Em 2009, foi eternizado no Maracanãzinho ao inaugurar a Calçada da Fama do Ginásio Gilberto Cardoso.

Em 2013 e 2023, sua carreira ganhou mais um importante reconhecimento ao ser indicado ao Hall da Fama do Naismith Memorial Basketball, nos Estados Unidos, que surgiu em 1959 em homenagem a James Naismith, o inventor do esporte.

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